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Testamento - importante instrumento para prevalecer a vontade do testador
Testamento - importante instrumento para prevalecer a vontade do testador

Como advogada especialista em inventário extrajudicial e planejamento sucessório, sei que o testamento é uma ferramenta poderosa para garantir que seus desejos sejam cumpridos após sua partida. No entanto, muitas pessoas desconhecem o potencial e as nuances desse instrumento. Para ajudá-lo a desmistificar o testamento e a tomar decisões informadas sobre seu planejamento sucessório, preparei este guia com 20 perguntas cruciais:


  1. Você sabia que o testamento não se limita à divisão de bens? Ele pode incluir disposições sobre a guarda de filhos menores, o destino de animais de estimação e até mesmo suas preferências para o funeral.

  2. Já considerou as diferentes formas de testamento? O testamento público, por exemplo, oferece maior segurança jurídica, enquanto o testamento particular pode ser mais flexível.

  3. Você conhece os herdeiros necessários? A legislação brasileira garante a eles uma parcela da herança, independentemente de sua vontade.

  4. Sabe como proteger seu patrimônio de futuros conflitos familiares? O testamento pode ser uma ferramenta eficaz para evitar disputas e garantir a paz entre seus entes queridos.

  5. Já pensou em como o testamento pode beneficiar instituições de caridade ou causas que você apoia? Ele permite destinar parte de seus bens a projetos que fazem a diferença no mundo.

  6. Você sabia que o testamento pode ser revogado ou alterado a qualquer momento? Isso garante que suas disposições estejam sempre atualizadas com seus desejos.

  7. Já considerou o impacto do regime de bens do seu casamento no testamento? Ele pode influenciar a forma como seus bens serão divididos entre seus herdeiros.

  8. Sabe como o testamento pode proteger o patrimônio de seus filhos em caso de um novo casamento? Ele permite estabelecer cláusulas que garantem que seus bens permaneçam na família.

  9. Já pensou em como o testamento pode garantir o futuro de um filho com deficiência? Ele permite criar um fundo fiduciário para garantir seu bem-estar financeiro.

  10. Você sabia que o testamento pode ser usado para reconhecer um filho socioafetivo? Ele garante que essa pessoa tenha os mesmos direitos dos filhos biológicos.

  11. Já considerou o planejamento tributário no testamento? Ele pode ajudar a reduzir o impacto do imposto sobre herança e doações.

  12. Sabe como o testamento pode garantir a continuidade de sua empresa familiar? Ele permite nomear um sucessor e estabelecer regras para a gestão do negócio.

  13. Já pensou em como o testamento pode proteger seus bens digitais? Ele permite nomear um herdeiro para suas contas online, fotos e outros arquivos importantes.

  14. Você sabia que o testamento pode ser usado para doar órgãos e tecidos? Ele permite expressar sua vontade de ajudar outras pessoas após sua morte.

  15. Já considerou o impacto de um testamento internacional? Ele pode ser necessário se você tiver bens ou herdeiros em outros países.

  16. Sabe como o testamento pode garantir o cumprimento de seus desejos em relação à cremação ou sepultamento? Ele permite especificar suas preferências para o funeral.

  17. Já pensou em como o testamento pode proteger seus bens de um herdeiro pródigo? Ele permite estabelecer cláusulas que limitam o acesso dessa pessoa aos bens.

  18. Você sabia que o testamento pode ser usado para criar uma fundação? Ele permite destinar parte de seus bens a um projeto social ou cultural de longo prazo.

  19. Já considerou o impacto de um testamento em caso de união estável? Ele pode ser necessário para garantir os direitos do companheiro.

  20. Sabe como o testamento pode garantir a privacidade de seus bens e herdeiros? Ele permite evitar a divulgação pública de informações sobre seu patrimônio.


Se você se identificou com alguma dessas perguntas, saiba que não está sozinho. O planejamento sucessório é uma jornada complexa, mas com a orientação de um profissional especializado, você pode garantir que seus desejos sejam cumpridos e que seu patrimônio seja protegido.



Desvendando o Testamento: Um Guia Completo para um Planejamento Sucessório Eficaz


Como advogada especialista em inventário extrajudicial e planejamento sucessório, sei que o testamento é uma ferramenta poderosa para garantir que seus desejos sejam cumpridos após sua partida. No entanto, muitas pessoas desconhecem o potencial e as nuances desse instrumento.


Para ajudá-lo a desmistificar o testamento e a tomar decisões informadas sobre seu planejamento sucessório, preparei este guia completo:


As Diferentes Formas de Testamento:


  • Testamento Público (Art. 1.864 do Código Civil):


    • Lavrado por tabelião em cartório, na presença de duas testemunhas.

    • Oferece maior segurança jurídica, pois é registrado e arquivado em cartório.

    • Ideal para quem busca transparência e deseja evitar contestações futuras.


  • Testamento Particular (Art. 1.876 do Código Civil):


    • Escrito e assinado pelo próprio testador, na presença de três testemunhas.

    • Mais flexível e econômico, mas exige maior rigor no cumprimento das formalidades legais.

    • Recomendado para situações em que a privacidade é fundamental.


  • Testamento Cerrado (Art. 1.868 do Código Civil):


    • Escrito pelo testador ou por outra pessoa a seu pedido, e entregue ao tabelião em envelope lacrado, na presença de duas testemunhas.

    • Combina a privacidade do testamento particular com a segurança do registro em cartório.

    • Ideal para quem deseja sigilo sobre suas disposições testamentárias.


Cláusulas Testamentárias:


O testamento permite incluir diversas cláusulas para personalizar suas disposições, como:

  • Cláusula de Inalienabilidade: Impede a venda de um bem por um determinado período ou para sempre.

  • Cláusula de Incomunicabilidade: Garante que um bem não se comunique com o patrimônio do cônjuge do herdeiro.

  • Cláusula de Impenhorabilidade: Protege um bem de penhora por dívidas do herdeiro.


Legado:


  • É a disposição testamentária que atribui um bem específico a uma pessoa (legatário).

  • Pode ser direcionado a herdeiros legítimos ou terceiros.


  • Modalidades de Legado:

    • Legado de Coisa Certa: O testador especifica um bem individualizado.

    • Legado de Coisa Incerta: O testador indica o gênero e a quantidade do bem.

    • Legado de Quotas de Bens: O testador determina um percentual de um bem para o legatário.

    • Legado de Crédito ou de Quitação de Dívida: O testador dispõe sobre um crédito que possui ou quita uma dívida do legatário.


Conversão dos Bens da Herança:


  • É a transformação de bens da herança em dinheiro para facilitar a divisão entre os herdeiros.

  • Pode ocorrer quando os bens são indivisíveis ou quando há discordância entre os herdeiros.


Checklist do Planejamento Sucessório por Testamento:


  1. Definir os objetivos do testamento: Divisão de bens, proteção de herdeiros, doação para instituições, etc.

  2. Escolher a forma de testamento mais adequada: Público, particular ou cerrado.

  3. Identificar os herdeiros e legatários: Herdeiros necessários, herdeiros testamentários, legatários.

  4. Descrever os bens e direitos a serem incluídos no testamento: Bens móveis, imóveis, investimentos, etc.

  5. Redigir as cláusulas testamentárias: Cláusulas de inalienabilidade, incomunicabilidade, impenhorabilidade, etc.

  6. Nomear um testamenteiro: Pessoa responsável por garantir o cumprimento do testamento.

  7. Reunir a documentação necessária: Documentos pessoais, certidões de bens, etc.

  8. Registrar o testamento em cartório: Garantir a validade e segurança do documento.

  9. Revisar o testamento periodicamente: Atualizar as disposições conforme necessário.



Lembre-se: O planejamento sucessório é uma jornada complexa, mas com a orientação de um profissional especializado, você pode garantir que seus desejos sejam cumpridos e que seu patrimônio seja protegido.

  • Foto do escritor: Luciane Nascimento
    Luciane Nascimento
  • 20 de fev.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 31 de mar.


Um excelente acordo viabiliza o procedimento de inventário
Um excelente acordo viabiliza o procedimento de inventário
  1. O que é inventário extrajudicial e quando ele pode ser utilizado?


O inventário extrajudicial é um procedimento realizado em cartório para a partilha de bens deixados por pessoa falecida, desde que todos os herdeiros sejam maiores, capazes e estejam de acordo com a divisão dos bens. Também é necessário que não haja testamento válido, salvo se já houver sido registrado judicialmente ou com expressa autorização judicial, conforme o Enunciado nº 600 da Jornada de Direito Civil do CJF e o REsp 1.808.767 do STJ. A base legal para o inventário extrajudicial está no art. 610 do Código de Processo Civil de 2015 e na Resolução nº 35/2007 do CNJ.


  1. Quais são as vantagens do inventário extrajudicial em comparação ao judicial?

O inventário extrajudicial é geralmente mais rápido e menos oneroso do que o judicial, pois não exige tramitação em juízo e evita custas processuais. Além disso, proporciona maior flexibilidade na definição de datas para assinatura e reduz o risco de conflitos familiares, promovendo um modelo ganha-ganha. Essa celeridade está prevista na Resolução nº 35/2007 do CNJ, que permite a lavratura da escritura pública diretamente no cartório de notas.


  1. É possível fazer inventário extrajudicial mesmo havendo testamento?


Sim, desde que o testamento já tenha sido registrado judicialmente ou haja expressa autorização judicial, conforme o Enunciado nº 600 da Jornada de Direito Civil do CJF e o REsp 1.808.767 do STJ. A Resolução nº 571/2024 do CNJ também permite o cumprimento do testamento no inventário extrajudicial, após sua abertura, registro e cumprimento pelo Judiciário.


  1. O que é necessário para realizar o inventário extrajudicial com herdeiros menores ou incapazes?

Sim, esta é uma possibilidade interessante trazida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2024. Assim discorre o artigo 12:

"O inventário poderá ser realizado por escritura pública, ainda que inclua interessado menor ou incapaz, desde que o pagamento do seu quinhão hereditário ou de sua meação ocorra em parte ideal em cada um dos bens inventariados e haja manifestação favorável do Ministério Público."


  1. Quais documentos são exigidos para iniciar o inventário extrajudicial?


Os documentos necessários incluem certidão de óbito, documentos pessoais dos herdeiros e do cônjuge sobrevivente, certidão de casamento atualizada, certidões de bens (imóveis e móveis), certidão negativa de débitos fiscais e comprovantes de quitação do ITCMD. A exigência documental é regulamentada pela Resolução nº 35/2007 do CNJ e pela legislação cartorária vigente em Minas Gerais.


  1. Quanto tempo demora para concluir um inventário extrajudicial?

O tempo varia conforme a complexidade do espólio e a agilidade na obtenção dos documentos necessários. Em média, pode ser concluído em 30 a 60 dias, considerando a ausência de pendências fiscais e a concordância entre os herdeiros, conforme a Resolução nº 35/2007 do CNJ, que possibilita a celeridade do procedimento.


  1. Quais são os custos envolvidos em um inventário extrajudicial?


Os custos incluem os emolumentos cartorários, o pagamento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) e os honorários advocatícios. Em Minas Gerais, a alíquota do ITCMD ainda é de 5% sobre o monte partilhável, conforme a legislação da SEFAZ-MG.


  1. Como é feito o cálculo do ITCMD no inventário extrajudicial?


O ITCMD em Minas Gerais é calculado com base no valor venal do bem transmitido, conforme definido pela SEFAZ-MG. A alíquota varia conforme a faixa de valor do bem e está regulamentada na Lei Estadual nº 14.941/2003, alterada pela reforma do Código Tributário.


  1. É possível incluir dívidas deixadas pelo falecido no inventário extrajudicial?


Sim, as dívidas do falecido podem ser incluídas no inventário extrajudicial para fins de quitação ou abatimento na partilha dos bens, conforme o art. 1.997 do Código Civil de 2002. É necessário verificar a existência de dívidas por meio de certidões negativas, conforme orientações da Resolução nº 35/2007 do CNJ.


  1. Como o inventário extrajudicial pode ajudar na preservação da harmonia familiar?


O inventário extrajudicial promove um ambiente de consenso, agilidade e menor exposição emocional, permitindo que os herdeiros definam os termos da partilha de forma amigável. Esse modelo ganha-ganha é incentivado pela Resolução nº 35/2007 do CNJ, que visa evitar litígios judiciais.


  1. Qual a importância de contratar um advogado especialista em inventário extrajudicial?


A presença de um advogado é obrigatória no inventário extrajudicial, conforme a Resolução nº 35/2007 do CNJ. Um advogado especialista garante a conformidade legal, assessoria estratégica na divisão patrimonial e economia tributária. Além disso, facilita a resolução de questões complexas, evitando conflitos familiares e preservando os interesses de todas as partes.


  1. Por que eu contrataria um especialista em inventário extrajudicial?


Um especialista em inventário extrajudicial está atualizado com as constantes mudanças legislativas e jurisprudenciais dessa área específica. Por dedicar-se exclusivamente ao planejamento sucessório, ele conhece em profundidade as normas aplicáveis, como as Resoluções do CNJ e as diretrizes do Código Civil de 2002, oferecendo maior segurança jurídica. Além disso, ao focar exclusivamente nesse campo, o especialista proporciona um atendimento personalizado e exclusivo, antecipando riscos e propondo soluções estratégicas para cada situação familiar e patrimonial.


  1. Qual é a competência do imposto no inventário?


Para bens IMÓVEIS é onde eles estão localizados (assim se tem bens me São Paulo, preciso declarar o de SP na SEFAZ/SP e o de MG na SEFAZ/MG.

Para declarar bens MÓVEIS (A REFORMA TRIBUTÁRIO FOI ALTERADA). Assim a regra de competência é a do último domicílio do autor da herança.


  1. Em qual situação posso pagar imposto a mais?


Caso o advogado não oriente corretamente o cliente e não faça a partilha de forma correta, o imposto de transmissão causa mortis pode vir a maior. E isso acontece, por exemplo, quando não exclui a meação do cônjuge sobrevivente.


  1. Qual é a importância de observar o prazo para o pagamento do ITCMD?


É considerar a possibilidade de ter desconto ou então não pagar multa por atraso.


  1. A partilha pode ser desigual?


Pode. Desde que os herdeiros estejam cientes de que pagarão mais imposto por causa da diferença e concordem.


  1. Sobre o plano de previdência privada ( PGBL e VGBL) incide imposto?


Não. Decisão recente do Supremo Tribunal Federal-STF: “É inconstitucional a incidência do imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD) sobre o repasse aos beneficiários de valores e direitos relativos ao plano vida gerador de benefício livre (VGBL) ou ao plano gerador de benefício livre (PGBL) na hipótese de morte do titular do plano”.


  1. Quem recebe os valores em conta bancária?


Os herdeiros e os meeiros tem direito ao recebimento desses valores.




  • Foto do escritor: Luciane Nascimento
    Luciane Nascimento
  • 4 de fev.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 20 de fev.


Desvendando o Inventário Extrajudicial
Desvendando o Inventário Extrajudicial

O Inventário Extrajudicial e a melhor escolha para a partilha de bens


Lidar com a perda de um ente querido é um momento delicado, e a sucessão patrimonial pode tornar essa fase ainda mais difícil se não for conduzida corretamente. Você sabia que, dependendo do caso, é possível evitar um processo judicial demorado e caro, optando por um inventário extrajudicial?


Muitas famílias passam anos envolvidas em processos de inventário na Justiça, lidando com impugnações, desgaste emocional e a deterioração dos bens herdados. O inventário extrajudicial surge como uma solução prática, rápida e menos custosa, desde que preenchidos os requisitos legais.


Neste artigo, você entenderá tudo sobre o inventário extrajudicial, suas bases jurídicas e os desafios envolvidos. Além disso, verá como ele pode ser a melhor alternativa para garantir um desfecho ágil e harmônico na partilha de bens.


Base legal do Inventário Extrajudicial no Brasil


O inventário extrajudicial é regulado por diversas normas do ordenamento jurídico brasileiro, garantindo sua segurança e validade:


  • Constituição Federal: Protege o direito de propriedade (art. 5º, XXII) e assegura a celeridade processual (art. 5º, LXXVIII), princípios que fundamentam a possibilidade de resolver o inventário sem necessidade de ação judicial.


  • Código Civil (arts. 1.784 a 2.027): Estabelece as regras gerais da sucessão, incluindo a transmissão dos bens aos herdeiros e a necessidade de partilha para formalizar a sucessão patrimonial.


  • Resolução nº 35/2007 do CNJ: Regulamenta o procedimento do inventário extrajudicial, determinando que ele pode ser realizado em cartório, desde que respeitados os requisitos legais.


Quem pode fazer o Inventário Extrajudicial?


Para que o inventário seja feito em cartório, sem necessidade de ação judicial, é necessário cumprir alguns requisitos:


✔️ Todos os herdeiros devem ser maiores e capazes – Caso haja um menor ou incapaz, é possível fazer o inventário extrajudicial, desde que haja anuência do Ministério Público.


✔️ Concordância entre os herdeiros – Não pode haver disputa sobre a divisão dos bens.


✔️ Presença obrigatória de um advogado – O advogado orienta os herdeiros e assegura que a partilha seja feita de forma legal e justa.


O regime de bens do casamento e seu impacto no inventário


O regime de bens adotado pelo falecido em seu casamento influencia diretamente a partilha da herança. Veja como cada regime impacta o processo:


  • Comunhão Universal de Bens: Todos os bens adquiridos antes e durante o casamento pertencem ao casal. Assim, o cônjuge sobrevivente já detém metade dos bens e só participará do inventário na condição de meeiro, enquanto a outra metade será distribuída entre os herdeiros.


  • Comunhão Parcial de Bens: Apenas os bens adquiridos durante o casamento são comuns ao casal. O cônjuge sobrevivente tem direito à meação sobre esses bens e pode ser herdeiro dos bens particulares do falecido.


É fundamental analisar o regime de bens para evitar conflitos e garantir que a divisão do patrimônio ocorra corretamente.


Alíquota do ITCMD nos estados e a Reforma do Código Tributário


O ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) incide sobre o inventário e varia de estado para estado. Atualmente, algumas alíquotas são:


  • São Paulo – 4%

  • Minas Gerais – 5%

  • Rio de Janeiro – 2 % a 8%

  • Paraná – 4%


Com a reforma do Código Tributário Nacional, essas alíquotas podem ser alteradas, impactando diretamente o custo do inventário. Por isso, é essencial contar com uma assessoria jurídica especializada para entender o melhor momento para realizar o procedimento e evitar tributações mais altas.


A importância da busca por certidões para evitar problemas futuros


Um erro comum no inventário é ignorar possíveis dívidas do falecido. Antes de iniciar a partilha, é indispensável obter certidões para verificar se há pendências financeiras e processuais, como:


  • Certidões negativas de débitos municipais, estaduais e federais – Para evitar surpresas com tributos pendentes.


  • Consulta à Justiça do Trabalho – Para verificar se há ações trabalhistas contra o falecido.


  • Pesquisa de processos judiciais – Dívidas e ações judiciais podem comprometer o patrimônio deixado.


É importante ressaltar que as dívidas só alcançam o patrimônio do falecido. Se a partilha já tiver sido feita, a dívida alcançará o quinhão que coube a cada herdeiro até o seu limite.


Documentos para o Inventário Extrajudicial


REQUERIMENTO ENDEREÇADO AO CARTÓRIO CONTENDO

·         Identificação dos herdeiros/meeiros e demais intervenientes (art. 21, R-CNJ 35);

·        Qualificação de todos: nome completo, nacionalidade, estado civil, existência de união estável,profissão, filiação, data de nasc., número do doc. de identidade com órgão expedidor e data de expedição, CPF, endereço e e-mail. (art. 20, R-CNJ 35);

·         Dados do falecimento: data, local, matrícula e expedição do registro de óbito;

·         Dados do cônjuge ou convivente: Data, regime de bens;

·         Informar inventariante;

·         Relacionar e descrever os bens.


  DOCUMENTOS PESSOAIS DE TODAS AS PARTES

·         RG e CPF;

·        Certidão de Nascimento (se solteiro) ou Casamento (se casado, separado ou divorciado) ou Declaração de União Estável ou no caso de viúvo, certidão de óbito do cônjuge falecido;

·         Pacto antenupcial registrado, se houver;

·         Certidão                    de                    Inexistência                    de                    testamento;

·         Comprovante de residência dos interessados.


DOCUMENTOS DOS BENS MÓVEIS


·         Extrato bancário com o valor discriminado;

·         Homologação do Imposto de Transmissão Causa Mortis;

·         DUT do veículo;

·         Valor do veículo segundo a tabela FIPE;

·         Demais documentos do bem.


DOCUMENTOS DOS BENS IMÓVEIS 


·         Certidão de ônus;

·         Certidão imobiliária municipal tributária;

·         Valor venal do imóvel emitido pela prefeitura;

. Homologação do Imposto de Transmissão Causa Mortis


CERTIDÕES ORIGINAIS – De cujus e Cônjuge 

·         Certidão da Justiça Estadual ;

·         Certidão     da      Justiça      Federal;

·         Certidão Contribuinte municipal emitida pela Prefeitura;

·         Certidão Negativa da Receita Federal;

·         Certidão Negativa da Justiça do Trabalho.


DOCUMENTOS DOS BENS IMÓVEIS RURAIS

·         Certidão de Cadastro Rural – CCIR;

·         Certidão do Imposto Rural – ITR;

·         Certidão do Ibama;

·         Homologação do Imposto de Transmissão Causa Mortis


Inventário Extrajudicial ainda que haja testamento


Muitas pessoas acreditam que a simples existência de um testamento obriga a realização do inventário na Justiça, tornando o processo mais lento e burocrático. No entanto, essa não é mais uma regra absoluta. Com a evolução da jurisprudência e regulamentação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já é possível realizar o inventário extrajudicial mesmo quando há testamento, desde que algumas condições sejam atendidas.


A base legal para essa possibilidade está em diferentes fontes do Direito:


✔️ Enunciado nº 600 da Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal (CJF) e Enunciado nº 16 do IBDFAM – Ambos reconhecem a possibilidade do inventário extrajudicial, mesmo com testamento, desde que respeitados os requisitos legais.


✔️ Precedente do STJ no REsp 1.808.767 – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o inventário extrajudicial pode ocorrer se o testamento tiver sido previamente registrado judicialmente ou se houver expressa autorização do juízo competente.


✔️ Resolução nº 571/2024 do CNJ – Essa recente norma possibilita que o Judiciário faça a abertura, registro e cumprimento do testamento, permitindo que ele seja executado dentro do inventário extrajudicial.


Como Funciona na Prática?

Para que o inventário extrajudicial seja realizado em cartório, mesmo havendo testamento, o procedimento segue estas etapas:


1️⃣ Registro judicial do testamento – A família deve apresentar o testamento à Justiça para análise, garantindo sua validade.


2️⃣ Autorização para cumprimento extrajudicial – Se não houver impugnações, o juiz autoriza que a partilha ocorra diretamente no cartório.


3️⃣ Inventário extrajudicial no cartório – Com a decisão judicial favorável, os herdeiros seguem com o inventário de forma rápida e segura, respeitando as disposições do testamento.


Vantagens de Fazer o Inventário Extrajudicial com Testamento

Menos tempo – O processo judicial para validar o testamento é muito mais rápido do que um inventário judicial completo.


Menos custos – Evita-se a longa tramitação na Justiça, reduzindo despesas com taxas e honorários.


Mais eficiência – A partilha é feita no cartório de forma simplificada, garantindo segurança jurídica.


Essa evolução no Direito Sucessório brasileiro representa um avanço significativo, permitindo que famílias resolvam a sucessão patrimonial de forma mais célere e harmônica.


Por que o inventário judicial pode ser um problema?


O inventário judicial é necessário quando há disputas entre os herdeiros. No entanto, ele tem desvantagens consideráveis:


Demora excessiva – Cada impugnação feita por um herdeiro leva, em média, três meses para ser analisada pelo juiz. Se três herdeiros impugnam cinco vezes, são quinze meses apenas para julgamentos de impugnações, sem contar outros prazos processuais.


💰 Custos elevados – Honorários advocatícios, taxas judiciais e possíveis avaliações patrimoniais encarecem o processo.


⚠️ Conflitos familiares constantes – Litígios prolongados desgastam os herdeiros emocionalmente e prejudicam relações familiares.


🏚️ Desvalorização do patrimônio – Enquanto o inventário não é finalizado, os bens podem se deteriorar ou perder valor de mercado.


As vantagens do Inventário Extrajudicial e o modelo ganha-ganha


O inventário extrajudicial oferece uma abordagem mais harmoniosa e eficaz. Entre suas principais vantagens, estão:


Rapidez – Pode ser finalizado em poucas semanas, sem necessidade de processo judicial.


Menos custos – Menos taxas e melhor valor de honorários advocatícios.


Mais harmonia entre os herdeiros – Evita conflitos prolongados e estimula o diálogo.


Modelo ganha-ganha – Os herdeiros negociam de forma colaborativa, cedendo em alguns pontos para garantir um acordo vantajoso para todos.


Diferente do inventário judicial, onde há um “ganha-perde” e um “perde-ganha”, no inventário extrajudicial todos ganham e todos perdem um pouco para alcançar um consenso justo. Isso evita desavenças e promove uma partilha mais equilibrada.


Conclusão – Por que contratar um advogado especialista?

O inventário extrajudicial é a solução ideal para famílias que desejam evitar desgastes emocionais e financeiros. No entanto, para garantir que tudo ocorra sem erros, a presença de um advogado especializado é obrigatória e essencial.


Se você quer um inventário rápido, seguro e sem surpresas desagradáveis, entre em contato. Com um atendimento humanizado e estratégico, posso te ajudar a conduzir esse processo da melhor forma possível.




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