6 passos essenciais para realizar um inventário extrajudicial - documentos
- Luciane Nascimento
- 24 de out. de 2024
- 8 min de leitura
Atualizado: 28 de jan.
Se você precisa realizar um inventário extrajudicial, este artigo é para você.

O processo judicial de inventário pode ser complexo e demorado, mas com os 6 passos essenciais que compartilharemos aqui, você poderá simplificá-lo e agilizá-lo.
Neste guia abrangente, descreveremos cada etapa do procedimento, desde a abertura do inventário extrajudicial-documentos. Explicaremos sobre os documentos necessários, o papel do cartório, os prazos e os custos envolvidos. Além disso, forneceremos dicas e conselhos úteis para que você possa evitar armadilhas comuns e obter sucesso em seu inventário extrajudicial.
Sabemos o quão importante é para você resolver essa questão de forma eficiente, para que possa lidar com outros aspectos da herança e seguir em frente. Portanto, não perca mais tempo e comece a ler nossos 6 passos essenciais agora mesmo!
Introdução ao inventário extrajudicial
O inventário extrajudicial é um procedimento que visa a formalização da transferência de bens deixados por uma pessoa falecida, sem a necessidade de judicialização do processo. Esse tipo de inventário é realizado diretamente em cartório e, por ser menos burocrático, costuma ser uma alternativa mais ágil e eficiente para as famílias que desejam resolver questões patrimoniais após a perda de um ente querido. Em Belo Horizonte, esse processo tem ganhado destaque, especialmente pela simplificação que oferece aos herdeiros.
Uma das principais características do inventário extrajudicial é a possibilidade de ser realizado de forma consensual entre os herdeiros. Isso significa que todos os envolvidos devem estar de acordo sobre a partilha dos bens, o que facilita a conclusão do processo e minimiza conflitos. Além disso, a presença de um advogado especializado é obrigatória, o que garante que todos os aspectos legais sejam respeitados e que o inventário esteja em conformidade com a legislação vigente.
Neste artigo, abordaremos sete passos essenciais para obter um documento de inventário extrajudicial em BH. Esses passos não apenas esclarecerão o processo, mas também proporcionarão um entendimento abrangente sobre os requisitos, prazos e custos envolvidos. Com este guia, você poderá navegar por esse procedimento com mais confiança e clareza.
Vantagens do inventário extrajudicial
O inventário extrajudicial oferece diversas vantagens em relação ao processo judicial, especialmente em cidades como Belo Horizonte. Uma das principais vantagens é a celeridade no trâmite. Ao ser realizado em cartório, o inventário extrajudicial pode ser concluído em um período significativamente menor, muitas vezes em apenas alguns dias, se todos os documentos estiverem em ordem e não houver disputas entre os herdeiros. Isso é especialmente importante para aqueles que desejam resolver questões patrimoniais de maneira rápida e eficiente.
Outra vantagem é a redução dos custos envolvidos. Embora haja taxas a serem pagas ao cartório, geralmente, o inventário extrajudicial pode ser mais econômico que o judicial, que pode acarretar em honorários advocatícios mais altos e taxas de custas processuais. Além disso, como o inventário extrajudicial tende a ser menos complexo, os honorários do advogado podem ser mais baixos. Isso representa uma economia significativa para os herdeiros, que já estão lidando com a tristeza da perda.
Além disso, o ambiente do cartório costuma ser menos formal e intimidador do que um tribunal. Os herdeiros podem se sentir mais à vontade para dialogar e negociar a partilha dos bens. Essa atmosfera mais amigável facilita o entendimento entre as partes, promovendo um acordo pacífico. Assim, o inventário extrajudicial não apenas é uma solução rápida e econômica, mas também contribui para preservar as relações familiares em um momento delicado.
Requisitos legais para o inventário extrajudicial
Para que um inventário extrajudicial possa ser realizado, é necessário atender a alguns requisitos legais estabelecidos pela legislação brasileira. Primeiramente, todos os herdeiros devem ser maiores de idade e capazes.
Outro requisito importante é que todos os herdeiros estejam de acordo com a partilha dos bens. Essa concordância é fundamental para que o inventário possa ser realizado extrajudicialmente. Se houver qualquer tipo de divergência entre os herdeiros, será necessário recorrer ao processo judicial, que é mais demorado e complexo. Portanto, a comunicação clara e o respeito entre os envolvidos são essenciais para garantir que o processo transcorra sem problemas.
Por fim, a presença de um advogado é obrigatória para a elaboração da escritura pública de inventário, garantindo que todos os aspectos legais sejam seguidos e que os direitos de cada herdeiro sejam respeitados.
Passo 1: Verificação da possibilidade de realizar o inventário extrajudicial
O primeiro passo para iniciar o processo de inventário extrajudicial é verificar se você atende a todos os requisitos para essa modalidade. Isso envolve uma análise cuidadosa da situação familiar e patrimonial. É fundamental que todos os herdeiros sejam capazes e maiores de idade, pois a presença de menores ou incapazes exige a observância na Resolução 571/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, todos os herdeiros devem estar de acordo com a partilha dos bens. Para isso, é importante promover uma reunião familiar onde as expectativas e necessidades de cada um possam ser discutidas. Essa conversa pode ajudar a evitar conflitos futuros e facilitar o entendimento entre as partes. Caso haja divergências, é recomendável resolvê-las antes de prosseguir, pois qualquer desavença pode levar à judicialização do processo, o que não é desejável.
Por último, é preciso garantir que não existam dívidas que possam interferir na partilha dos bens. Se houver pendências financeiras a serem quitadas, é essencial regularizá-las antes de iniciar o inventário. Isso não apenas simplifica o processo, mas também protege os interesses de todos os herdeiros, evitando surpresas desagradáveis durante a partilha.
Passo 2: Contratação de um advogado especializado em inventário extrajudicial
Após confirmar que o inventário extrajudicial é uma opção viável para sua situação, o próximo passo é a contratação de um advogado especializado. A escolha de um profissional com experiência é fundamental para garantir que o processo transcorra de forma tranquila e dentro das normas legais. Um advogado qualificado poderá fornecer orientações precisas sobre cada etapa do procedimento, além de assegurar que todos os documentos estejam em ordem.
É recomendável buscar referências e realizar entrevistas com alguns advogados antes de tomar uma decisão. Perguntas sobre a experiência em inventários extrajudiciais, taxas de honorários e a abordagem do profissional podem ajudar na escolha mais adequada. Além disso, um bom advogado deve ser capaz de estabelecer uma comunicação clara e transparente, mantendo os herdeiros informados sobre o andamento do processo.
Uma vez contratado, o advogado irá orientá-lo sobre a documentação necessária e auxiliá-lo na organização dos papéis, garantindo que tudo esteja pronto para a próxima etapa do inventário. A presença de um profissional capacitado não apenas facilita o processo, mas também proporciona segurança aos herdeiros, que podem ficar tranquilos sabendo que estão seguindo o caminho correto.
Passo 3: Coleta e organização dos documentos necessários
A coleta e organização dos documentos necessários é uma etapa crucial para a realização do inventário extrajudicial. Os herdeiros devem reunir uma série de documentos, tanto pessoais quanto relacionados aos bens do falecido. Isso inclui certidão de óbito, documentos de identidade e CPF dos herdeiros, além da certidão de casamento ou união estável do falecido, se aplicável.
Além disso, é fundamental reunir documentos que comprovem a titularidade dos bens a serem inventariados. Isso pode incluir escritura de imóveis, documentos de veículos, extratos bancários, contratos e quaisquer outros papéis que demonstrem a propriedade dos bens. A organização desses documentos facilitará o trabalho do advogado e agilizará o processo no cartório.
Uma dica importante é criar um checklist com todos os documentos necessários. Isso ajuda a evitar que algo importante seja esquecido e garante que a coleta seja feita de maneira sistemática. Uma vez que todos os documentos estejam organizados, o advogado poderá revisar e preparar a documentação para a próxima etapa do inventário, assegurando que tudo esteja em conformidade com a legislação.
Passo 4: Elaboração do plano de partilha dos bens
Com a documentação em mãos, o próximo passo é a elaboração do plano de partilha dos bens. Esse documento é fundamental, pois estabelece como os bens deixados pelo falecido serão distribuídos entre os herdeiros. O plano de partilha deve ser elaborado de forma consensual, respeitando a vontade dos herdeiros e as disposições legais pertinentes.
É importante que todos os herdeiros participem ativamente da elaboração do plano. A comunicação aberta e o diálogo são essenciais para garantir que cada parte se sinta ouvida e respeitada. Além disso, o advogado pode auxiliar nesse processo, apresentando sugestões e esclarecendo dúvidas sobre a melhor forma de dividir os bens, considerando a legislação e os interesses de cada herdeiro.
Uma vez que o plano de partilha esteja acordado entre todos, ele deve ser formalizado e apresentado ao cartório durante a realização da escritura pública de inventário. Essa etapa é crucial, pois um plano de partilha bem elaborado pode evitar conflitos futuros e garantir que a divisão dos bens ocorra de maneira harmoniosa.
Passo 5: Realização da escritura pública de inventário extrajudicial
A realização da escritura pública de inventário extrajudicial é o momento em que todo o trabalho anterior se concretiza. Com todos os documentos preparados e o plano de partilha acordado, os herdeiros e o advogado devem comparecer ao cartório para formalizar o inventário. Neste ato, o tabelião fará a leitura da escritura, que deve conter todas as informações pertinentes sobre o falecido, os herdeiros e os bens a serem partilhados.
É fundamental que todos os herdeiros estejam presentes no cartório para assinar a escritura, a menos que haja uma procuração específica que permita a representação de algum deles. Durante a realização da escritura, o tabelião poderá esclarecer eventuais dúvidas e garantir que todos os procedimentos legais sejam seguidos. Esse momento é importante, pois marca a oficialização da partilha dos bens entre os herdeiros.
Após a assinatura da escritura, é importante solicitar uma cópia autenticada do documento, que servirá como comprovante da partilha e poderá ser utilizada em diversas situações, como a transferência de propriedade dos bens. Com a escritura pública em mãos, os herdeiros estarão prontos para dar continuidade ao processo de registro dos bens, o que é essencial para garantir a regularização da propriedade.
Passo 6: Registro da escritura de inventário extrajudicial no cartório de registro de imóveis
O último passo para concluir o processo de inventário extrajudicial é o registro da escritura pública no cartório de registro de imóveis. Esse registro é fundamental para que a partilha dos bens seja oficializada e os herdeiros possam ter a propriedade dos bens em seu nome. Sem esse registro, a partilha não terá efeitos perante terceiros, o que pode gerar problemas no futuro.
Para realizar o registro, os herdeiros deverão apresentar a escritura pública de inventário, juntamente com a documentação necessária, como as certidões de matrícula dos imóveis e comprovantes de pagamento de eventuais taxas. O cartório de registro de imóveis analisará a documentação e, se estiver tudo em ordem, procederá com o registro da propriedade em favor dos herdeiros.
É importante lembrar que o registro de bens móveis, como veículos, também deve ser realizado em seus respectivos órgãos de registro. Assim, após o registro da escritura, os herdeiros devem providenciar a transferência dos bens móveis, assegurando que toda a partilha esteja devidamente regularizada. Com isso, o processo de inventário extrajudicial estará concluído, e os herdeiros poderão seguir em frente com suas vidas.
Conclusão e considerações finais
Em suma, o processo de inventário extrajudicial em Belo Horizonte pode ser uma alternativa prática e eficiente para a partilha de bens após o falecimento de um ente querido. Ao seguir os sete passos essenciais descritos neste artigo, você poderá simplificar o processo e evitar complicações futuras. Desde a verificação da possibilidade de realizar o inventário até o registro da escritura no cartório de registro de imóveis, cada etapa é fundamental para garantir que a partilha ocorra de maneira tranquila e respeitosa.
A escolha de um advogado especializado é crucial, pois esse profissional será seu guia durante todo o processo, assegurando que todos os procedimentos legais sejam cumpridos. Além disso, a comunicação clara entre os herdeiros e o respeito às vontades de cada um são essenciais para evitar conflitos e promover um ambiente harmonioso durante a partilha.
Por fim, é sempre recomendável estar bem informado e preparado. O inventário é uma questão delicada e pode envolver emoções intensas, por isso, o conhecimento sobre o processo e a colaboração entre os herdeiros são fundamentais para que essa etapa seja concluída com sucesso. Com planejamento e organização, você pode tornar esse processo menos oneroso e mais eficiente, permitindo que a família continue a honrar a memória do falecido e a seguir em frente com suas vidas.
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